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Sons e ruídos se unem à imagens para nos transportar a outros tempos e espaços. Cheiros, movimentos, objetos. Tudo se une para atiçar a memória, despertar o inconsciente. São rastros de um tempo desconhecido, fragmentos da memória que transpõem o limiar entre a o que é lembrado e a imaginação que transvê. No Museu, afinal, muitas histórias e camadas de tempo se sobrepõem.


Da janela de um velho sobrado que abriga o Museu, o traçado urbano observa um passado pouco conhecido e que se esvai na pressa da hora. Onde, afinal, encontrar esse “chão firme” para que também o homem não seja levado pelo tempo e desapareça sem deixar vestígios? Onde repousar os olhos e encontrar-se vivo para além do inquieto tempo presente? O Patrimônio - enquanto “rota de fuga” - nos leva ao inevitável encontro com quem fomos e, sobretudo, com quem (ainda) podemos ser.

 

Por isso a cada nova geração, objeto, documento ou coleção, pequenos fragmentos de vida se combinam para mostrar que um Museu é, antes de tudo, um espaço onde se descobre e se aprende, mas principalmente uma casa cuja janela está sempre aberta para a nossa própria consciência da identidade. Abrir essa janela é o primeiro passo para encontrar-se com ideias, imagens, e, sobretudo, sensações inteiramente novas.

 

Por isso, repare bem em cada vestígio.
 

Editorial

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